segunda-feira, 27 de junho de 2011

Universo LGBT: 15º Parada do Orgulho LGBT de São Paulo


No dia 26 de junho aconteceu a 15º Edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Transgêneros), na Av. Paulista, em São Paulo. O tema deste ano foi: "Amai-vos uns aos outros - Basta de Homofobia".

Iniciado por uma grande valsa para celebrar seus 15 anos, o evento teve como tom a celebração da recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que reconheceu como estável a união de casais do mesmo sexo, e a reivindicação da aprovação do projeto de lei 122 (mais conhecido como PLC 122), que criminaliza a homofobia. Os organizadores da parada estimavam um público de 3 (três) milhões de pessoas, mas segundo os mesmos, basenado-se em dados da polícia militar, foram reunidas  4 (quatro) milhões de pessoas deste evento, o qual é colocado entre os 3 (três) maiores acontecimentos turísticos da cidade, junto com a Formúla 1 e a Virada Cultural.

Cobertura do Evento com a Equipe da Viração e Bate-Papo com os participantes

Estive presente na parada com a equipe do Agência Jovem de Notícias, da Revista Viração, onde elaboramos enquetes e roteiros de entrevistas, nos dividindo em equipes para fazermos a cobertura do mesmo. Uma das polêmicas que envolveu o evento foi o tema escolhido, o qual usou um mandamento bíblico, causando a invasão do site oficial do evento e é claro que em nosso roteiro isso não podia ficar de fora. Batemos um papo com alguns dos participantes da parada e poucos sabiam à respeito do tema, com a excessão de Alexandre, que compartilhou da opinião  dos outros questionados com conhecimento no mesmo: "O tema deste ano é polêmico, pois usa um dos mandamentos da bíblia para contradizer a própria igreja. Penso que isso é bom, pois ajuda a despertar na sociedade um maior questionamento a respeito do preconceito".

No dia 06 de Junho, em uma reunião realizada no sindicato dos bancários, a APOLGBT (Assossiação que organiza o evento), negou que a escolha do tema fosse uma "provocação" aos religiosos: "Não queremos fazer um discurso autofágico, voltado para o próprio umbigo, mas para toda a sociedade brasileira. O País está sendo vítima de um sistema fundado numa moral religiosa, mas este é um recado direto para toda a sociedade brasileira. Usamos a frase como tema - "amai-vos uns aos outros" para descontextualiza-la (do sentido cristão). O grande princípio para essa frase também surge porque nossos agressores mudaram. Estamos sendo agredidos também pela classe média", disse o presidente da associação, Ideraldo Beltrame (citando o caso do rapaz que agrediu outro jovem com uma lâmpada fluorescente na avenida Paulista no ano passado).

Hoje, a polêmica ficou por conta da exposição de fotos de santos católicos e da frase  “Nem Santo Te Protege” ou “Use Camisinha”, para proclamar o uso da camisinha. Gesto que foi colocado por sites como um confronto religioso e que também foi justificado pelo presidente da APOLGBT: “Nossa intenção é mostrar à sociedade que todas as pessoas, seja qual for a religião delas, precisam entrar na luta pela prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Aids não tem religião”. 

No roteiro seguido no bate-papo com os participantes da parada, a importância da aprovação do PLC 122 também foi questionada e a opinião de Fábio resume a dos demais entrevistados: “A Aprovação do PLC 122 é um passo muito importante para a comunidade LGBT e pode melhorar a aceitação da mesma (Comunidade LGBT) pela sociedade e facilitar a aquisição de direitos”.

Quando questionados sobre o motivo de estarem no evento, as respostas variaram entre "Reinvidicar nossos direitos, mostrando nossa cara a sociedade, curtir com moderação e ser mais um no número total de presentes no evento.
Para ler as matérias completas feitas pela Agência Jovem de Notícias, clique nos links abaixo:


Protesto contra a Usina Belo Monte 


Índios da tribo kalapalo, do Alto Xingu (MT), estiveram presentes na Parada Gay de São Paulo para protestar contra a construção da Usina Belo Monte. O grupo composto por quatro pessoas e trajando suas roupas costumeiras chamaram tanto a nossa ateção quanto a dos outros participantes do evento. “A gente veio lá do Alto Xingu para que as pessoas saibam o que é Belo Monte. Muita gente não sabe. A Parada Gay é o melhor lugar para chamar a atenção de São Paulo”, disse a índia Samy Kalapalo, ao portal globo.

Para concluir... 

Podemos dizer que mesmo com a chuva, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo foi um sucesso, pois os participantes da mesma não se deixaram abater e seguiram com animação total até o final, mostrando mais uma vez nossa existência para a sociedade e que buscamos o FIM DA HOMOFOBIA, uma vez que apesar dos gostos e de balançarmos bandeiras difrentes TODOS SOMOS IGUAIS.


terça-feira, 14 de junho de 2011

3º Encontro: Marketing LGBT - Junho/2011



Aconteceu no dia 05 de julho, ás duas e meia da tarde, na Redação da Revista Viração, o terceiro encontro oficial do grupo E-Sampa, que teve como tema central para debate o Marketing LGBT. Tive como base para a elaboração deste tema as figuras públicas que se destacam através do meio LGBT, sejam envolvidos em polêmicas, indo contra ou a favor e ressaltar a imagem que passamos à sociedade.
          
Se observarmos as figuras públicas ao redor do meio LGBT perceberemos facilmente que, devido a esteriótipos, grande parte delas nos usam para se sobressair. Um caso em evidência e bem notado foi a Polêmica gerada pelo Reconhecimento da União Estável por Casais do Mesmo Sexo pelo STF, que culminou no destaque do Deputado federal Jair Bolsonaro, o qual se mostrou completamente contra está decisão do STF e super preconceituoso em relação aos homossexuais, chegando a distribuir panfletos “antigay” no Rio de Janeiro.
         
Iniciamos o encontro com a tradicional apresentação dos presentes e do tema, sendo que conforme o debate foi se seguindo transitamos do campo musical para o político e nos questionamos de forma mais séria e profunda a respeito da imagem que temos na sociedade, pelo fato da mesma ter dado apoio ao deputado em questão...  A Parada do Orgulho LGBT nos favorece nesse quesito? Infelizmente não. Nos dias de hoje, a mesma tornou-se um carnaval fora de época e o foco político, em partes, perdeu-se. Este grande evento é o momento que temos para passar a imagem do coletivo, já que a individual passamos todos os dias em meio a nossa rotina, sendo na vida pessoal e profissional, em casa, na escola ou faculdade, no trabalho, em festas, com os familiares, amigos e assim vai, podendo ser bem vista ou não.
          
A imagem coletiva não é das melhores, vão desde uma associação a promiscuidade e drogas, até as DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), o que dificulta ainda mais a luta por direitos, já que precisamos de tal imagem para que os mesmos nos sejam concedidos... Não digo que os políticos e a sociedade têm razão em nos julgar e discriminar, só que devemos nos alertar e lutar de verdade, passando uma imagem decente para não sermos julgados de forma negativa e muitas vezes agressiva, pela mídia, figuras públicas, igreja e a própria sociedade.
          
O objetivo de tal encontro foi gerar uma reflexão em meio a um debate sobre até que ponto estamos certo ou errado em questionar e nos colocarmos contra a privação de certos direitos e opiniões negativas a nosso respeito.

X.O.X.O,

WandercooL’
Presidente do Grupo E-Sampa

segunda-feira, 13 de junho de 2011

2º Encontro: Movimento LGBT - Maio/2011

          
Aconteceu no dia 14 de maio, ás duas e meia da tarde, no Centro Cultural Vergueiro, o segundo encontro oficial do grupo E-Sampa, que teve como tema central o Movimento LGBT – Conceito e Curiosidades. Fazendo um trabalho sobre Tribos Urbanas, percebi não saber tanto o quanto pensava sobre tal movimento e perguntei-me se as outras pessoas sabiam a respeito da origem do movimento civil, os direitos que ainda são restritos e algumas outras curiosidades e... Investigando, descobri que não.
          
Ao iniciarmos, uma pequena apresentação dos presentes foi feita a iniciar por mim e após, o tema foi apresentado e muito bem recebido. Como tópico inicial, discutimos a origem do movimento de luta contra a discriminação e defesa das populações LGBT, com é conhecido, que ocorreu em 1970, com a marcha que assinalou o primeiro aniversário dos motins de Stonewall e prevalece até hoje no Brasil e no mundo, fazendo com que o forte tabu da época fosse rompendo-se, mas não conseguiu diminuir o preconceito que ainda faz vítimas fatais em pleno século 21.
          
A Parada do orgulho LGBT é um grande evento que acontece por todo o mundo, sendo usado como instrumento para mostrar a sociedade que o público LGBT está entre eles, visando à aquisição de novos direitos e uma maior diminuição do preconceito e, um dia se possível, extingui-lo. No Brasil, isoladamente em São Paulo, o público da mesma tem crescido continuamente desde sua primeira edição em 1997. Neste ano (2011), a Parada do Orgulho LGBT chega a sua 15° Edição e traz um tema julgado como polêmico e provocação à igreja por conter um mandamento bíblico: “Amai-vos uns aos outros, basta homofobia.”, fator que culminou na invasão do site oficial da APOGLBT-SP, órgão que organiza o evento. A parada e a invasão foram tópicos breves de nosso encontro, assim como a Falta de Segurança, uma vez que não existem leis que a garantam e o fato dos homossexuais não poderem doar sangue, mas o que se tornou evidência, foi o Reconhecimento da União Estável Entre Pessoas do Mesmo Sexo, pelo STF.
         
 O reconhecimento em si, não foi muito divulgado... Já a polêmica que o mesmo trouxe, foi tão falada que serviu de “alavanca” para o destaque de algumas figuras públicas, principalmente as que se mostraram contra e até mesmo a favor da ditadura militar e para mostrar o quão grande é o poder da igreja sobre política. A sociedade teve sua opinião expressada através ao apoiarem com toda força os que iam contra a decisão, mostrando até que a maioria é a favor da ditadura militar... Mas creio que os mesmos se contradizem e não iriam querer reviver o horror daquela época.
         
 O objetivo do encontro era somente apresentar o movimento do qual fazemos parte e um debate a respeito das atualidades, para que discuti respeito de nossas opiniões e ver o quanto elas se parecem.

 X.O.X.O,

WandercooL’
Presidente do Grupo E-Sampa

1º Encontro: Protituição No Âmbito LGBT - Março/2011



Aconteceu no dia 13 de março, ás duas e meia da tarde, no Centro Cultural Vergueiro, o primeiro encontro oficial do grupo E-Sampa, o qual marcou o retorno do mesmo aos trabalhos após uma longa pausa em suas atividades, sendo também meu primeiro encontro como presidente. O tema central para debate do mesmo foi Prostituição no Âmbito LGBT.
          
Apesar de a Prostituição ser conhecida como uma das profissões mais antigas do mundo, a mesma ainda é vista como um tabu e quando focalizada no âmbito LGBT, este “tabu” aumenta. Existem aqueles que acreditem que trocar sexo por dinheiro, nunca será visto como algo normal, mesmo se passar a ser reconhecido como profissão, mas também exista quem pense o contrário e torça para que um dia certos benefícios, como reconhecimento e aposentadoria, sejam concedidos e que o tabu se quebre... Agora você me pergunta: Os que pensam dessa forma são somente Garotas (os) de Programa? Não, será a minha resposta. Existem muitas mulheres e até mesmo homens fora desta “profissão”, que por conhecerem pessoas do meio ou apenas sentir pena das coisas que os mesmos se sujeitam e darem força para que melhorias sejam alcançadas, já que muitos presentes neste meio entraram por estarem em meio a uma grande necessidade e não terem escolha naquele momento ou por gostarem de fazer sexo e do dinheiro fácil, mas poucos se encaixam nesta hipótese.
          
Ao iniciarmos, uma pequena apresentação dos presentes foi feita, ao iniciar por mim e após, o tema foi apresentado aos mesmos. Duas matérias forma apresentadas e se fizeram como base: Um apresentava o tema e tabu, que no âmbito LGBT o mesmo representava e o outro, trazia um relato do cotidiano de um garoto de programa falando das dificuldades e do preconceito que o mesmo sofria. Para nos estabelecermos, havia preparado um pequeno roteiro em espécie de questionário para ser debatido e em eventuais problemas, ser apenas preenchido, já que estávamos em um lugar aberto... Infelizmente, o tempo não cooperou e as freqüentes ameaças de chuva, nos fizeram preencher o questionário e encerrar partes de tal debate.
          
Após o encontro, os avaliei junto ao pequeno debate que tivemos, podendo assim chegar a algumas conclusões... Em nosso debate, um dos focos temporários foram os Travestis, os quais são os mais envolvidos, falados e vistos deste mundo. Por não terem oportunidades de emprego por conta do grande preconceito que sofrem, está profissão acaba sendo a única saída para suprir as necessidades dos mesmos, assim como as dos gays, que muitas vezes menores de idade acabam expulsos de casa ao se assumir. As drogas, que também foram um dos tópicos de nosso debate, entram em cena por conta dos clientes obrigarem o garoto (a) de programa que os acompanha a consumir ou pelos mesmos não agüentarem as humilhações ou não se conformarem com a vida que levam.

          
Este meio, colocado como obscuro, veio com grande força a mídia através de Bruna Surfistinha codinome de Raquel Pacheco, que também esteve como tópico nosso debate. A Ex-Garota de Programa ficou conhecida por ter um blog na internet onde relatava seu dia-a-dia, o desempenho de seus clientes na cama, postava fotos e se divulgava. Atualmente a mesma é autora de três livros, sendo que um deles é um relato sobre sua vida e os outros dois contém dicas diversas sobre sexo e sedução e... Uma cine biografia, baseada em seu primeiro livro, foi produzida e lançada em cinemas nacionais. Estrelado por Débora Secco, o longa foi visto por mais de três milhões de pessoas e, por ouvir muitos questionamentos a respeito, fiquei besta... Enfim, a Surfistinha e seu filme podem ter aberto um pouco a mente das pessoas, mas não o suficiente para se quebrar um tabu imposto pela sociedade.
         
 O objetivo de tal encontro era trazer, mostrar e apresentar tal realidade e descobrir se o preconceito permeava os presentes. Como conclusão final, posso dizer que o tema foi muito bem recebido e apesar dos problemas, debatido sem restrição alguma e... A maioria dos presentes não demonstrou preconceito, até sairiam com garotos (as) de programa se os tivessem como amigos e até mesmo para o sexo, mas o tratando como iguais.

X.O.X.O,

WandercooL’
Presidente do Grupo E-Sampa